
Cresce o número de roubos e furtos de celulares no Brasil, afetando mais de 30% da população; veja como se proteger e o que fazer caso seja vítima
Um levantamento recente acendeu o sinal de alerta para milhões de brasileiros: mais de 30% da população já teve o celular roubado ou furtado ao menos uma vez. O dado, divulgado por uma pesquisa nacional realizada por institutos especializados em segurança pública e comportamento digital, evidencia o aumento alarmante da violência urbana voltada à tecnologia pessoal e reforça a importância de adotar medidas de prevenção.
Com os smartphones se tornando verdadeiros cofres digitais — guardando dados bancários, fotos, senhas, informações pessoais e até chaves de acesso a contas bancárias —, os criminosos estão cada vez mais especializados em roubar celulares para fins financeiros. O furto não é mais apenas pelo aparelho em si, mas pelo que está dentro dele.
O número que assusta: mais de 30% já foram vítimas
Segundo o levantamento, que entrevistou mais de 10 mil pessoas nas cinco regiões do Brasil, 31,4% dos brasileiros relataram já ter sofrido ao menos um episódio de roubo ou furto de celular. Em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador, esse número ultrapassa os 40%.
A pesquisa também apontou que:
- 67% dos casos aconteceram em via pública, principalmente em pontos de ônibus, semáforos e transportes públicos;
- 19% ocorreram em eventos ou aglomerações (shows, estádios, festas);
- 8% foram furtos silenciosos, geralmente em estabelecimentos comerciais;
- Apenas 6% dos aparelhos roubados ou furtados foram recuperados pelas vítimas.
Por que o celular virou o alvo preferido dos criminosos?
Hoje, o celular é muito mais do que um telefone: ele é banco, carteira, agenda, chave de segurança e até documento oficial. Com o avanço de recursos como Pix, carteiras digitais, aplicativos bancários, autenticação de dois fatores e e-mails integrados, o aparelho se tornou um ativo de alto valor para criminosos.
Além disso, muitos bandidos contam com parceiros que desbloqueiam os celulares rapidamente, burlam senhas e acessam os aplicativos antes que o dono consiga bloquear o aparelho remotamente. Isso resulta em prejuízos que vão muito além do valor do dispositivo.
Como se proteger do roubo ou furto de celular?
Diante do aumento nos crimes relacionados a smartphones, é essencial adotar algumas medidas preventivas simples, mas eficazes:
- Evite usar o celular na rua, principalmente em locais movimentados ou com pouca segurança;
- Ative o bloqueio por biometria (digital ou facial) e configure senha forte;
- Nunca salve senhas bancárias no bloco de notas ou em mensagens;
- Utilize aplicativos de rastreamento como “Encontrar Meu Dispositivo” (Android) ou “Buscar iPhone” (iOS);
- Ative a função de apagar dados remotamente, caso o aparelho seja roubado;
- Faça backups frequentes para não perder informações importantes;
- Utilize autenticação de dois fatores para proteger contas do WhatsApp, e-mail e bancos.
O que fazer se seu celular for roubado ou furtado?
Caso você seja vítima de um roubo ou furto de celular, siga estes passos:
- Boletim de Ocorrência: Registre imediatamente na delegacia mais próxima ou via aplicativo da polícia civil do seu estado;
- Bloqueie o IMEI: Ligue para a operadora e solicite o bloqueio do aparelho pelo número de IMEI (identificador único do celular);
- Acesse plataformas online de rastreamento, e tente localizar ou apagar os dados;
- Informe o banco e as instituições financeiras sobre o ocorrido para evitar transferências indevidas;
- Troque todas as senhas associadas a aplicativos que estavam no celular, como WhatsApp, Instagram, e-mail e apps de banco.
Medidas públicas e soluções em debate
Diante do crescimento desse tipo de crime, estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul vêm discutindo leis que obrigam empresas a bloquear celulares rapidamente após o registro de furto, além de incentivar campanhas de conscientização sobre o uso seguro dos dispositivos.
Há também a crescente pressão sobre fabricantes e operadoras para que desenvolvam tecnologias antifurto, como bloqueio de fábrica, rastreamento avançado e sistemas de segurança biométrica mais rígidos.
Conclusão: cuidado com o celular é questão de segurança pessoal
Com mais de 30% dos brasileiros já afetados por roubos ou furtos de celulares, o problema deixou de ser pontual para se tornar uma crise de segurança pública e digital. O smartphone, hoje, é um bem valioso — não apenas pelo custo do aparelho, mas por tudo o que ele armazena.
Adotar medidas preventivas e saber como reagir em caso de perda ou roubo é fundamental para proteger seus dados, seu dinheiro e sua privacidade. O Brasil precisa avançar tanto na conscientização quanto em políticas públicas para enfrentar esse novo tipo de ameaça urbana.