
O Santos Futebol Clube, que vive uma temporada de reconstrução após o inédito rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, segue em busca de reforços para o setor ofensivo, mas enfrenta obstáculos importantes nas negociações por um novo atacante. Com o elenco limitado e carente de soluções criativas no ataque, a diretoria santista prioriza a contratação de um jogador de impacto, mas esbarra em dificuldades financeiras e resistência de clubes e empresários.
Nas últimas semanas, o Peixe sondou diferentes nomes no mercado nacional e sul-americano, mas ainda não conseguiu avançar de forma concreta por nenhuma das opções. A situação começa a preocupar torcedores e comissão técnica, já que o time precisa retomar o bom desempenho e garantir o retorno à elite do futebol brasileiro ainda nesta temporada.
Prioridade no mercado: um atacante decisivo e experiente
Com uma média de gols abaixo do ideal na Série B, a diretoria do Santos estabeleceu como prioridade a contratação de um atacante experiente, com capacidade de definição e boa movimentação dentro da área. A ideia é encontrar alguém que possa assumir o protagonismo ofensivo e dividir a responsabilidade com jovens como Weslley Patati e Julio Furch.
Entre os nomes analisados, alguns atletas em fim de contrato ou em situação instável em seus clubes foram mapeados. No entanto, o orçamento restrito tem dificultado acordos, principalmente com jogadores que atuam no exterior ou que exigem salários elevados.
Segundo fontes internas, o clube até chegou a abrir conversas com representantes de um atacante argentino que atua na MLS (liga dos Estados Unidos), mas a negociação emperrou por exigências financeiras consideradas “fora da realidade” do Peixe no momento.
Dificuldades envolvem questões salariais e concorrência
O Santos vive uma fase de austeridade financeira após anos de dívidas acumuladas e má gestão. Embora tenha equilibrado as contas com a queda na folha salarial e com receitas ainda consideráveis da base e da torcida, o clube não está disposto a fazer loucuras no mercado.
Além disso, a concorrência de clubes da Série A, que buscam reforços na mesma posição, atrapalha as investidas. Atacantes com bom desempenho ou potencial de revenda costumam dar preferência a propostas da elite nacional ou do exterior.
Outro ponto que pesa é a atual situação do Santos na tabela. Apesar de estar no G-4 da Série B, a oscilação nos resultados gera insegurança em atletas que avaliam projetos mais consolidados.
Enderson Moreira pede urgência
O técnico Enderson Moreira, em entrevistas recentes, destacou a necessidade de qualificar o setor ofensivo e deixou claro que espera reforços ainda em julho, antes do fechamento da janela de transferências. O comandante santista aposta em ajustes pontuais no elenco para manter a equipe competitiva e garantir o acesso à Série A sem sustos.
“Temos um grupo comprometido, mas sabemos que precisamos de mais peças no ataque. A diretoria está ciente e trabalha para isso. A Série B é uma competição longa e desgastante”, afirmou o treinador após empate fora de casa.
Alternativas caseiras e da base
Diante da dificuldade para fechar com um nome de peso, o Santos também analisa soluções caseiras. Jogadores como Alfredo Morelos, que chegou a ser cogitado, e garotos da base vêm sendo testados nos treinos.
A comissão técnica mantém atenção especial a nomes como Deivid Washington (caso retorne de empréstimo), e Gabriel Bontempo, destaque do sub-20. No entanto, a avaliação é que, para uma reta final mais segura, será necessária a chegada de um atacante mais rodado.