
O futuro do TikTok nos Estados Unidos e em outros mercados ocidentais está em pauta novamente, com a possibilidade real de a plataforma ser vendida para evitar um banimento completo por questões de segurança nacional. Um recente levantamento divulgado por veículos internacionais e portais especializados revela quem são os possíveis compradores interessados na aquisição da rede social de vídeos curtos, que hoje pertence à chinesa ByteDance.
A movimentação ganhou força após a aprovação, nos Estados Unidos, de uma lei que obriga a ByteDance a vender o TikTok ou enfrentar o banimento da plataforma em território norte-americano. Com mais de 170 milhões de usuários só nos EUA, o TikTok é uma das redes sociais mais populares do mundo, o que desperta o interesse de gigantes da tecnologia, investidores e até figuras bilionárias do setor privado.
Entenda por que o TikTok pode ser vendido
O governo norte-americano alega que o TikTok representa um risco à segurança nacional por sua ligação com a China, já que a ByteDance, empresa controladora da plataforma, é sediada em Pequim. As autoridades temem que dados de usuários norte-americanos possam ser acessados pelo governo chinês, o que fere as leis de privacidade e levanta suspeitas de espionagem digital.
Para evitar o banimento definitivo do aplicativo, a ByteDance teria até 12 meses, de acordo com a nova legislação, para vender suas operações nos EUA a uma empresa aprovada pelo governo americano. Essa possibilidade abriu um leque de especulações sobre quem poderia assumir o controle da plataforma e manter sua operação em solo ocidental.
Quem são os principais candidatos à compra do TikTok?
1. Microsoft
A Microsoft já havia demonstrado interesse em adquirir o TikTok em 2020, durante o governo Trump, quando uma situação semelhante de possível banimento foi discutida. Na ocasião, as negociações não avançaram, mas fontes próximas afirmam que a empresa de Bill Gates ainda observa de perto a situação atual. A gigante da tecnologia poderia usar o TikTok para expandir sua presença entre o público jovem e fortalecer sua estratégia de publicidade digital.
2. Oracle
A Oracle é uma das empresas mais envolvidas nas discussões sobre segurança de dados do TikTok nos EUA. Ela chegou a firmar uma parceria com a ByteDance para armazenar os dados de usuários americanos em servidores locais. Dada essa proximidade e conhecimento técnico da operação, a Oracle é apontada como uma forte candidata a liderar uma possível aquisição ou fusão com o TikTok nos Estados Unidos.
3. Meta (Facebook) e Alphabet (Google)
Embora a possibilidade seja considerada mais distante por envolver questões de concorrência e regulação antitruste, tanto a Meta quanto a Alphabet (controladora do Google e YouTube) são frequentemente mencionadas como possíveis compradoras. O TikTok representa uma ameaça direta às duas em termos de retenção de público e receita com vídeos curtos. No entanto, qualquer proposta dessas empresas enfrentaria sérios desafios legais.
4. Investidores privados e bilionários da tecnologia
Outro cenário possível é a aquisição por um consórcio de investidores privados ou bilionários do Vale do Silício. O nome de Elon Musk chegou a ser citado em rumores, embora o empresário já esteja envolvido com o X (antigo Twitter). Fundos como o Blackstone e o KKR também aparecem como potenciais financiadores de uma compra estratégica, talvez em parceria com uma empresa de tecnologia.
5. Empresas de mídia ou entretenimento
Há ainda especulações de que grupos como Disney ou Comcast possam estar interessados na aquisição do TikTok como uma forma de diversificar seu alcance no mercado digital. A integração da plataforma com serviços de streaming, por exemplo, poderia representar uma nova fronteira para monetização e engajamento.
O que pode mudar com a venda?
Caso a venda do TikTok realmente aconteça, uma série de mudanças pode ocorrer na forma como o aplicativo opera nos EUA e em outros países. Entre os possíveis impactos estão:
- Maior transparência na gestão de dados;
- Novas regras de moderação de conteúdo;
- Mudanças na política de monetização para criadores de conteúdo;
- Alterações nos algoritmos para atender normas locais.
Além disso, a imagem da marca poderia ser reformulada para se distanciar da origem chinesa e reforçar a ideia de uma empresa independente e “ocidentalizada”.