
Após dias de buscas intensas, autoridades indonésias confirmaram nesta segunda-feira (23) que o corpo da brasileira Juliana Marins, de 34 anos, foi encontrado nas encostas do vulcão Marapi, localizado na ilha de Sumatra, Indonésia. Juliana estava desaparecida desde o último sábado, quando uma erupção repentina surpreendeu dezenas de trilheiros na região.
A identificação foi feita por equipes de resgate que vasculhavam a área de difícil acesso com apoio de drones e cães farejadores. Segundo as autoridades locais, Juliana teria sido atingida por gases tóxicos e materiais expelidos pelo vulcão, que entrou em atividade de forma inesperada.
🌋 O que aconteceu na erupção do vulcão Marapi?
O vulcão Marapi, um dos mais ativos da Indonésia, entrou em erupção no sábado (21), liberando uma coluna de cinzas com mais de 3 mil metros de altura, além de pedras incandescentes e fluxos piroclásticos.
Juliana Marins fazia parte de um grupo de turistas que escalava a montanha no momento da explosão. Segundo relatos de sobreviventes, não houve alerta prévio, e muitos foram pegos de surpresa durante a trilha.
“Foi tudo muito rápido. Em minutos, o céu escureceu, começou a chover cinzas e a temperatura aumentou drasticamente”, contou um guia local que sobreviveu.
🇧🇷 Quem era Juliana Marins?
Juliana era natural do Rio de Janeiro e vivia na Ásia há cerca de dois anos, onde trabalhava como nômade digital e criadora de conteúdo voltado a turismo e sustentabilidade. Em suas redes sociais, ela costumava compartilhar aventuras por trilhas, montanhas e experiências de ecoturismo.
Nos últimos dias antes da tragédia, Juliana postou vídeos registrando a escalada do Marapi e expressava empolgação com a paisagem natural do local. Sua última publicação foi feita horas antes da erupção.
🚨 Resgate e apoio do governo brasileiro
A Embaixada do Brasil na Indonésia confirmou o falecimento da brasileira e está prestando assistência à família. Em nota, o Itamaraty lamentou a tragédia e informou que acompanha de perto os procedimentos para o translado do corpo.
As equipes de busca enfrentaram dificuldades no resgate devido ao terreno acidentado e à possibilidade de novas erupções. Especialistas afirmam que a atividade vulcânica no Marapi permanece instável, e alertas seguem em vigor para impedir novas escaladas.
🧭 Outros desaparecidos e vítimas
Além de Juliana, a tragédia deixou ao menos 12 mortos e vários feridos. Cerca de 75 pessoas estavam no local no momento da erupção, incluindo turistas locais e estrangeiros. O número de vítimas ainda pode aumentar, já que alguns trilheiros continuam desaparecidos.
Organizações de resgate indonésias têm trabalhado com suporte de helicópteros e equipamentos térmicos para localizar possíveis sobreviventes.
🌍 Por que a Indonésia é tão vulnerável?
A Indonésia está localizada no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica. O país abriga mais de 130 vulcões ativos, o maior número do mundo.
Embora o turismo de aventura nas montanhas vulcânicas seja popular, as autoridades enfrentam dificuldades para controlar o acesso a essas regiões — muitas vezes, os alertas de risco não chegam a tempo aos visitantes.
🕊️ Homenagens e comoção
A morte de Juliana Marins causou comoção nas redes sociais. Amigos, seguidores e influenciadores prestaram homenagens, destacando seu amor pela natureza e pela vida nômade.
“Ela vivia com intensidade, respeitava a natureza e inspirava pessoas a sair da zona de conforto. Que sua luz siga brilhando”, escreveu uma amiga próxima no Instagram.