
O confronto direto entre Israel e Irã atingiu nesta terça‑feira, 17 de junho de 2025, o seu quinto dia, com um saldo de 248 mortos — sendo 224 no Irã e 24 em Israel — e a decisão do ex‑presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de antecipar sua saída da cúpula do G7 no Canadá para tratar da crise no Oriente Médio.
1. Cronologia do Confronto
O conflito teve início na madrugada de 13 de junho, quando Israel lançou uma série de ataques aéreos contra instalações nucleares e militares iranianas, alegando ações de contenção ao programa atômico de Teerã. No dia seguinte, o Irã respondeu com o disparo de mais de 150 mísseis balísticos e 100 drones contra alvos em solo israelense, incluindo áreas civis em Tel Aviv e Jerusalém.
Ao longo dos últimos cinco dias, houve intensificação mútua dos bombardeios:
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14 de junho: Israel afirma ter atingido pontos estratégicos iranianos em Teerã, enquanto o Irã atinge depósitos de munição no deserto de Negev.
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15 de junho: Ataques simultâneos de mísseis iranianos e drones dos Houthis no Iêmen resultaram em pelo menos seis civis mortos em Bat Yam e Rehovot, além de danos em laboratórios do Instituto Weizmann.
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16 de junho: As duas nações continuam trocando rajadas de míssil, com relatos de estragos em infraestrutura elétrica e logística em ambos os países.
Até o fechamento desta edição, não há indícios de cessar‑fogo ou negociações diretas entre as partes envolvidas.
2. Balanço de Vítimas e Danos
Segundo autoridades oficiais, o total de 248 mortos inclui militares, civis e trabalhadores humanitários. A maior parte dos óbitos (224) foi registrada em Teerã e arredores, onde ataques israelenses atingiram depósitos de munição e áreas residenciais, ocasionando colapsos estruturais e incêndios.
Em Israel, 24 pessoas perderam a vida — entre elas mulheres e crianças — em decorrência de mísseis balísticos disparados do Irã e por falhas de interceptação pelo sistema de defesa antiaérea. Além das fatalidades, centenas de feridos dão entrada diariamente em hospitais de campanha instalados nas fronteiras e grandes centros urbanos.
3. Impacto Diplomático: Trump e o G7
A escalada do conflito levou o ex‑presidente Donald Trump a encerrar sua participação na cúpula do G7 em Ontário (Canadá) antes do previsto, justificando a necessidade de “ajudar a conter a situação no Oriente Médio” e convocar uma reunião do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
A saída de Trump gerou desconforto entre os líderes presentes, que esperavam alinhar uma declaração conjunta pedindo moderação de ambos os lados. O G7 chegou a manifestar preocupação com a possibilidade de ampliação do conflito para outros países da região, mas não houve consenso sobre medidas mais duras contra o Irã.
4. Reações Internacionais
Diversos governos e organizações multilaterais emitiram notas:
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ONU: apelo urgente por “moderação e diálogo”, temendo que o confronto estimule grupos extremistas em países vizinhos.
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União Europeia: manifestou solidariedade a civis de ambos os lados e ofereceu mediação para um possível cessar‑fogo.
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Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos: reforçaram as defesas antiaéreas e fecharam seus espaços aéreos, temendo retaliações ou engajamentos indevidos.
Enquanto isso, grandes potências como China e Rússia mantêm discurso de “não‑interferência”, mas alertam para o risco de instabilidade em rotas de comércio global e no abastecimento de petróleo.
5. Consequências Humanitárias e Econômicas
Humanitárias
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Desabrigados: milhares de famílias deslocadas em áreas próximas aos centros de confronto.
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Refugiados internos: trânsito intenso nas rodovias iranianas rumo a regiões menos afetadas.
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Ajuda internacional: Cruz Vermelha e Médicos Sem Fronteiras estudam envio de equipes, mas esbarram em riscos de segurança.
Econômicas
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Petróleo: alta de 6% no preço do barril Brent, pressionando mercados globais.
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Ações: bolsas de valores internacionais registram queda, sobretudo em setores de aviação e turismo.
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Exportações: receio de sanções e bloqueios em portos do Oriente Médio afeta o comércio marítim.
6. Perspectivas para os Próximos Dias
Especialistas apontam para um cenário de confronto prolongado, pois ambos os governos consideram essencial demonstrar força interna. A expectativa é de:
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Ampliação das sanções dos EUA contra o Irã, incluindo setores de energia e finanças.
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Busca de apoio regional, com Irã reforçando alianças com grupos aliados no Iraque e Síria.
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Pressão diplomática para implantação de corredores humanitários e cessar‑fogo temporário.
Até que haja uma intervenção concreta de potências neutras ou nova rodada de negociações, o Oriente Médio permanece no limiar de um conflito de larga escala.